O nível de chuvas registrados em todo o mês de abril deve ser o maior nos últimos 10 anos no Maranhão. As previsões são do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), que monitora as precipitações em todo o estado.
Para os pesquisadores, o nível médio de chuva em abril poderá
ultrapassar os 570 milímetros ocorridos em 2007, o maior nos últimos
anos. Segundo o meteorologista Gunter Reschke, as razões para a baixa
quantidade de temporais em anos anteriores ocorreu em razão de fatores
desfavoráveis à chuva ligados ao aquecimento dos oceanos atlântico e
pacífico. Em 2018, os fatores se inverteram.
"Nós temos dois sistemas de grande escala: El Niño e La Niña pacífico e
dipolo do atlântico para ser favorável ou desfavorável para chuvas.
Para ser desfavorável, como ocorreu em 2012 a 2016, tivemos a influência
do El Niño, que são influências positivas de aquecimento de mar próximo
a linha do equador. Além disso, o dipolo do atlântico estava
desfavorável, então não tivemos grandes chuvas nesse período", explicou o
meteorologista.
Dados divulgados pela Defesa Civil estadual neste domingo (15) sobre as consequências das chuvas no Maranhão indicam que o número de famílias afetadas já ultrapassa 2 mil no Maranhão. São 2006 famílias que amargam prejuízos por conta dos fortes temporais registrados em todo o estado.
Em Tuntum, a 365 km de São Luís, a chuva quase devastou a cidade durante a maior enchente em 30 anos registrada na região.
Em Trizidela do Vale, o rio Mearim está 5 metros acima no nível normal.
A Defesa Civil montou barracas em um ginásio de esportes para abrigar
250 famílias afetadas.
Já em Codó, a 290 km de São Luís, após o transbordamento do rio
Itapecuru equipes da Defesa Civil e do Exército se mobilizam para
resgatar as vítimas das enchentes. O nível do rio já está oito metros
acima do normal e um ginásio tem servido de abrigo para os moradores
afetados.
Do G1